A comédia da vida é uma privada

                               

No inicio deste ano surgiram comentários na internet de que o criador do Facebook, Mark Zuckerberg, havia criticado o comportamento dos brasileiros na rede que ele criou. Ao mesmo tempo milhares de brasileiros ficaram indignados com a possibilidade de que tal ideia fosse, ainda que por algum momento, verdade. Boato ou não é fato, tem muita besteira rolando na rede. Nas ultimas semanas fiquei surpreso ao ver vídeos e postagens de conteúdos bizarros como: pedofilia, sexo explícito, agressão e intolerância religiosa. Lamentável. O mais curioso é que muitas pessoas curtem, compartilham e fazem graça das diversas situações. Não sou geneticista, e nem o precisa ser, para diagnosticar que estamos retrocedendo na escala evolutiva pelo qual os seres humanos passaram desde o seu surgimento na Terra. A culpa disso também não foi do grupo Restart, estamos retrocedendo não porque deu merda, pois a merda que há é criada e propagada com nossas curtidas e compartilhadas. Como diria Bial, o brasileiro de modo geral, assim como ele "gosta do que não presta", e reproduzimos isso. O que reforça a ideia de que a comédia da vida é realmente uma privada.

Quando a sua opinião vale menos que nada

                                       

Há um ditado muito antigo que diz que opinião é que nem o reto, cada um tem o seu. Substituindo algumas palavras do titulo sem acarretar na perda da sua semântica, eu diria, de um modo formal, que certas opiniões valem apenas o que sai dos seus respectivos retos, fezes. 

Essa geração bit ou bytes é muito, mas muito, engraçada. Seja no MSN, Facebook, Orkut e onde mais você conseguir imaginar, tem gente postando e falando fezes por ai. Ainda me guardando no meu mundo de insignificância de reles graduado, é comum ver até mesmo acadêmicos fazendo e falando fezes nos ambientes virtuais, criando teorias de conspiração e coisas afins. Pessoas que nunca leram Freud, Marx e nem conhecem Chaplin, fazem citações em subnicks e postagens descontextualizando, distocendo e destruindo a sua ideia original. Pessoas que utilizam o dicionário de sinônimos do Word, escrevem poesias sem sentido e se denominam intelectuais, ou como preferem dizer, "críticos de uma realidade abstrata da pós-modernidade", sendo que nem eles sabem que raio acabou de dizer. Mas o que podemos fazer, não é. É o fim do mundo. Não tem jeito.