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Somos Inocentes...eu juro!!!

A memória é rigorosamente seletiva.




Na ultima aula de História do Tempo Presente que tive na faculdade, o professor enfatizava duas coisas: a primeira delas é que o papel do historiador é lembrar justamente aquilo que as pessoas esquecem ou fazem questão de não lembrar, o que não é uma unanimidade como veremos mais a diante, a outra era que a memória, ou o acesso às lembranças é bastante seletivo, logo, lembramos apenas do que nos é conveniente. Durante o debate fiquei em stand by e comecei a pensar no que meu professor havia dito. Não é que o sujeito tem razão?! Seguindo o estilo do mestre de exemplificar suas teses com situações cotidianas comuns a todo e qualquer mortal, fui levado a refletir sobre as várias situações que presenciamos e vivemos cotidianamente. O exemplo mais tradicional talvez seja uma briga de casal. As pestes tem mais de dez anos juntos e em todas as brigas trazem problemas desde quando se conheceram, e enquanto uma das partes diz não lembrar a outra seleciona os fatos mais escrotos e usa da licença poética da arte da argumentação para provar por a+b que o parceiro(a) é errado, sendo que na prática os dois nunca foram tão semelhantes.
Na tv é a mesma coisa. Todas as meninas esqueceram que o ator Fábio Assunção estava destruído por causa do uso de drogas só porque ele é bonitinho e RICO, mas garanto que se o vizinho pobre e tanto quanto bonito fizesse uso das mesmas substâncias ele seria ridicularizado perante os mais próximos. É dessa tal de seleção memorial que nasce grande partes das meias verdades, os santos e santas de casa que não valem nada, os moralistas sacanas e os traidores e traidoras que sempre se fazem de vítima, colocam carinhas de coitados e são feras na arte da chantagem emocional, acham que só porque ninguém ver, ninguém sabe o que fazem. Mas não há problemas! Meu trabalho é lembrar o que as pessoas fazem questão de esquecer.

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